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Necrópole de Chão Redondo

Descrição

A necrópole megalítica de Chão Redondo é composta por dois monumentos decorredor, a cerca de 50 metros de distância um do outro, implantados na encosta da serra das Talhadas. Destes dois, destaca-se o dólmen de Chão Redondo 2 que, a par com a anta da Cerqueira, é o monumento megalítico mais conhecido de Sever do Vouga. A sua notoriedade advém das gravuras que decoram o esteio de cabeceira e do corredor, que o tornam um dos dólmens mais profusamente decorados da Península Ibérica. É um dólmen de câmara poligonal com 2,3 metros de comprimento, constituído por sete pedras tumulares, ou esteios, dos quais apenas cinco se mantiveram. A mamoa com quase 2 metros de altura apresenta um diâmetro de 18 metros. Este monumento pertence ao neolítico, remontando a sua edificação há cerca de 6000 anos.

Património Natural

Perto da necrópole corre um pequeno regato afluente do rio Alfusqueiro. Junto a ele podem-se observar o lagarto-de-água e a rã-ibérica. Nos ares, a águia-de-asa-redonda e o gavião ditam a sua lei, e nos afloramentos graníticos destes ermos, a borboleta salta-cercas e as delicadas campainhas-amarelas encontram o seu habitat. Junto ao Alfusqueiro espera-nos uma surpresa: alguns loendros encontram-se aqui no limite oeste da sua distribuição.

Significado das gravuras

O esteio de cabeceira apresenta uma série de “Vs” que podem representar uma entidade tutelar. O esteio da direita regista ziguezagues e círculos e o do corredor um meandro. Os motivos representados, essencialmente geométricos, podem ser entendidos como manifestações rituais que se encontram inseridas num discurso em que todo o monumento faz parte. Este mesmo discurso só faz sentido quando consideramos o monumento como um todo e, assim, entender como ele também interagia com os restantes monumentos da necrópole. Este era um local de culto, onde o público participava no espaço delimitado por um pequeno muro, o átrio, sendo o acesso à galeria fúnebre e às gravuras apenas permitido aos eleitos.

Património Histórico

A estrada romana de Ereira é testemunha da intensa rede viária que, durante séculos, foi utilizada pelas legiões romanas para impor o seu poderio na Lusitânia. O troço da via romana que passa em Ereira fazia a ligação entre o nó viário de Viseu e a estrada Olissipo/Bracara, ou seja, Lisboa/Braga, edificada entre os séculos II e IV d. C.

Localização

Informação Técnica

  • Nível de Dificuldade Baixo
  • Tipo de Rota Linear
  • Acesso Pedonal