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Termas de São Pedro do Sul

Descrição

A nascente de águas termominerais das Termas de São Pedro de Sul tem origem em profundidade, junto à falha das termas. As águas termais emergem  a 67°C com um débito de 18 l/s e pH 9.8 e estão relacionadas, à escala regional, com a falha ativa Verin-Penacova e, local mente, pela presença do contacto entre rochas granitoides e xistos anteordovícicos. As emergências de água mineral natural sulfurosas e radioativas são aproveitadas para aquecimento do ambiente, para águas sanitárias e, por fim, para aplicações medicinais. Atualmente é considerada uma das estâncias termais mais modernas da Europa, dispondo de recursos técnicos e humanos capacitados, e instalações equipadas com tecnologia de ponta na área da balneoterapia, contando mais de 20.000 aquistas por ano. As suas águas termais são exploradas desde a antiguidade, como pode ser comprovado pelas ruínas romanas existentes mesmo no centro do complexo termal.

Património Natural

As Termas de São Pedro do Sul localizam-se nas margens do rio Vouga, rio de dimensões médias que nasce na serra da Lapa e desagua na ria de Aveiro. Quando atravessa as termas, é um rio que abriga uma galeria ripícola bem conservada e alguns belos carvalhais na sua proximidade. O feto-real e o feto-pente indicam-nos o bom estado de conservação destes ecossistemas, e a macrómia, libélula muito rara na Europa, pode ser facilmente observada.As borboletas são aqui frequentes e diversas, destacando-se a borboleta antiopa, a borboleta carnaval, a bela apatura-pequena (muito rara em Portugal) e a almirante-branco. A lontra brincalhona caça amiúde nestas paragens, e o lagar to-de-água está sempre presente nos trilhos e muros junto ao rio. O guarda-rios patrulha incessante mente as águas do Vouga, em busca dos pequenos peixes de que se alimenta.

História das Termas

As termas romanas de São Pedro do Sul têm origem no século I d. C. e foram classificadas como Monumento Nacional, em 2008. Maisconhecidas como “banho” ou“Caldas de Lafões”, estas representam um dos complexos termais de origem romana mais bem conservados em Portugal. Destaca-se um resto do antigo “balneum”, com parte da piscina romana e grandes colunas em granito. Pensa-se que teria uma zona de banhos frios – “frigidarium” – e a piscina, que se de nomina hoje por Piscina de D. Afonso Henriques, encontra-se em perfeito estado de conservação. No século XII eram usadas pelas classes mais favorecidas, destacando-se a presença do 1º rei de Portugal para tratamento de uma fratura sofrida na malograda Batalha de Badajoz. No reinado de D. Manuel I edificou-se o Hospital Real das Caldas de Lafões e, em 1884, foi construído o Balneário da Rainha Dona Amélia. Já em 1987 foi edificado o Balneário de D. Afonso Henriques, em homenagem ao 1º rei de Portugal.

Localização

Informação Técnica

  • Nível de Dificuldade Baixo
  • Tipo de Rota Linear
  • Acesso Carro/Pedonal