Baseado na história verídica do Motim de Alvarenga, retratada por José Nuno Pereira Pinto no livro “Da Outra Margem” e em “Alvarenga e o Motim de 1942” – “O Motim de Alvarenga”
Durante a II Guerra Mundial, a crescente necessidade de volfrâmio para fazer armamento bélico fez aumentar a extração mineira em Alvarenga que viu os seus montes e campos de cultivo transformados em minas em profundidade e a céu aberto, porque o volfrâmio era de filão nas montanhas e de aluvião no vale. Em Alvarenga as concessões eram portuguesas e atingiam uma grande produtividade, vendendo por vezes com preços inflacionados, mediante a procura. Sabendo da existência de contrabando e da venda inflacionada de volfrâmio em Alvarenga, em 1942, a Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (P.V.D.E.) montou uma emboscada para confiscar o volfrâmio fazendo-se passar por comprador, marcando a compra na garagem da casa do Teles no lugar do Santo. Desta emboscada da P.V.D.E. resultou um morto às mãos de um polícia que foi encurralada por dezenas de populares que se amotinou em socorro dos volframistas para evitar que o volfrâmio fosse confiscado. Houve vários prisioneiros, o Manecas da Ribeira esteve vários anos foragido da polícia por ter atirado bombas contra a polícia.